Semblante sem vida, desgastado pelo o dia inteiro de sol
E ostentado pelo o peso da idade avançada
Mãos calejadas, obras do trabalho pesado diário
Andar manco e rastejante, devido a fome
Olhar sem esperança,
Não sorri porque não possui dentes ou porque já se esqueceu
As palavras são curtas e grossas quase que sussurradas
Acompanhadas da respiração ofegante de uma existência cansada
Um andarilho em luta pela sobrevivência
Que vem sendo perdida dia após dia, pois depende da solidariedade alheia
E é por isso que ele morre aos poucos
Já anestesiado pelo o sofrimento demasiado
E cada dia que ele acorda sobre o chão nas manhãs geladas
É apenas mais um prolongamento de um sofrimento ainda sem final
De uma vida que nunca foi vida e que só aguarda o momento do descanso eterno.
Claudenor de Albuquerque