Sangrando em desespero
Meus pés nem tocam o chão
Um apertado nó no pescoço
Num calabouço avesso à luz
Não se trata de gravata
É uma corda pendurada
Respiração ofegante
Exercício diário de resistência
À noite ao final do turno
Descanso uns momentos
Acordando ao final
Das minhas inúteis ilusões
A corda volta pro mesmo lugar
De onde não deveria estar.
Claudenor de Albuquerque