Meu último poema
Dedico para quem me odeia
Para quem me veja
Me alveja
Ou me inveja.
Nesse último suspiro poético
canto o globo
E quem já me fez de bobo
Que não foram poucos.
Ofereço principalmente a quem amo
E essa sei de cor
É a única pessoa
Que não me faz sentir só.
E o derradeiro poema
Tece sua teia
Seus últimos versos
Tentando traduzir o inverso
Creio que sem sucesso.
Claudenor de Albuquerque